Sou um entusiasta da arte da escrita. Desde que aprendi a escrever sempre procurei, não só a escrever corretamente, mas sim como de forma legível e visualmente agradável a quem fosse ler. Ainda criança, no início dos anos 60, lembro-me claramente meu primeiro contato com uma caneta tinteiro. Meu pai me deixava manusear sua Parker 61 "rainbow" preta. Aquela pena embutida e o detalhe dourado em forma de ponta de flecha nunca mais sairam de minha mente.
Quando o computador surgiu, em meados dos anos 80, tinha-se a clara impressão de que a escrita manual seria definitivamente sepultada e esquecida pois essas maravilhosas máquinas podiam reproduzir todas as formas de escrita imagináveis.
Os anos se passaram, os computadores e suas impressoras ficaram cada vez mais sofisticados mas, ao contrário do que se acreditava, as canetas tinteiro ainda continuaram sua batalha contra a extinção. Obviamente que suas vendas nem sequer chegam perto do que já foram no auge dos anos dourados, cerca de 1940, mas ainda atendem um público que também resiste à tecnologia e se entrega a nostalgia da escrita manual.
Eu sou uma dessas pessoas. Certo dia, no ano de 2007, estava navegando pela internet e me deparei com um antigo anúncio da caneta Parker 51. Aquela imagem trouxe de volta as minhas lembranças de infância. Não sosseguei enquanto não comprei uma. Foi uma grande emoção abrir aquela encomenda que chegara pelo correio. Diante dos meus olhos, uma Parker 51, a caneta tinteiro mais vendida do mundo!